segunda-feira, 30 de março de 2009

Vídeos do 7º Tributo ao Racional TIM MAIA

Salve Povo do BEN!

Numa relax, numa tranquila, numa boa???

Olha aí dois videos filmados pelo Vinícius do Lapa Multshow.

O Caminho do Bem



Brasil Racional



No mais... aquele abrAÇO e espalhe a palavra

Yuga

quarta-feira, 25 de março de 2009

A noite foi de rimas ligeiras e certeiras.

Salve Povo do BEN!

Numa relax, numa tranquila, numa boa???

A "energia racional" reverberou pelos quatro cantos neste dia, os MCs Nil Rec, Destro e Dim estavam inspirados e "subiram lá no alto" com rimas livres, mas certeiras com consciência e alto astral. Representou os "rap reais" do Duelo de MCs.



Outro MC que também deixou sua mensagem foi o Roger Deff da banda de hip hop Julgamento, o cara além de mandar rimas tem a manha na assessoria de imprensa, valeu cabra sua participação neste evento foi fundamental.



Gurila Mangani, beatmaker de mão cheia (de delays) e rimador "de passagem aos clássicos" mostrou a que veio, mandou uma rima bacana em "Vou com Gás" (essa vai pro Malaquito 16, visse?!?!) que vai ficar "para posteridade". O cabra tava inspirado nos dub effects (quero um brinquedinho desse tbm!).



Outros MCs subiram ao palco e mandou ver também como Pow MX e Julim do Elemento S, boas vibrações sairam dos mic destes rimadores.



No mais... aquele abrAÇO e espalhe a palavra

Yuga

DJ Yuga fala sobre o Tributo ao Racional Tim Maia

Bruno Mateus - Ragga


DJ Yuga bateu um papo com a Ragga. Confira a entrevista.




Quando você entrou para a banda já tinha esse esquema de Tim Maia Racional ? Como apareceu isso?

Foi em 2004. Teve uma festa homenageando essa fase do Tim Maia. Nessa época, a Black Sonora estava sem baterista, foi aí que chamamos o Ronan para tocar a batera e o Gustavo (vocalista da banda) já conhecia o Cubano da faculdade, de fazer som ali no intervalo das aulas. Chamaram o Cubano para uma participação especial, assim como eu também fui convidado. Ali foi começando a formação do grupo. Virou o ano 2005 e o Gustavo me perguntou se eu queria entrar para a banda, chamou o Cubano, perguntou para o Ronan se ele queria fazer parte também, para fazer um trabalho próprio, autoral. A gente gostou da idéia, achou que ia dar uma vibe legal. Todo mundo tem as mesmas idéias de música, de som, de influência, então acho que aquilo ali poderia ser o caminho. E aproveitamos a idéia do Cubano, que é de Cuba de verdade, para dar uma influência latina na música, para dar uma outra levada.

Antes do Cubano não tinha influência latino-americana ?

Não, ainda não. O Balck Sonora começou fazendo cover do Jorge Ben.


E quando o Gustavo convidou você e a galera (Cubano e Ronan foram convidados na mesma época que Yuga), a banda já tinha essa idéia de fazer um som black music, com essa pegada ?

O Cubano já veio com umas idéias de letra, eu estava com um livro de poesia da Milena Torres na época, falei com o Gustavo que dava pra fazer um som legal com uma poesia dela (“Um mar pra mim”) que fala de Belo Horizonte, e isso é bom que caracteriza a banda, nós somos de Belo Horizonte e queremos mostrar nossa música para fora. O Cubano tinha outra música, um rap em espanhol, “Donde Estás?”. Lançamos uma demo com quatro músicas para participar de eventos, de festivais. Isso que abriu as portas para a banda mesmo. Ali a gente começou a dar cara ao Black Sonora, foi o embrião do que está acontecendo hoje no trabalho da gente.

Com relação à música mineira, o Clube da Esquina, por exemplo, o que vocês têm de influência?

Clube da Esquina quase não teve essa coisa do groove, do swing, talvez uma coisa ali do Beto Guedes, do Lô Borges, mas você vê que é uma música cheia de harmonia, de arranjos, mais elaborada, e Black music é mais percussivo que harmônico, também há como juntar as duas coisas, mas na banda, talvez, a gente teria mais influência dos tambores de Minas, do Tizumba, do Tambolelê.


Para as participações no tributo existe algum tipo de seleção para cada ano ou vocês fazem uma lista de artistas que têm tudo a ver com a banda?


Desde o início a gente não repetiu participação. A gente quer que a coisa seja ampla, que seja realmente uma homenagem, que fique diferente a cada edição. Ano passado nós chamamos o Sérgio Pererê, que é daqui, o B Negão, do Rio, tem os MC´s também esse ano, os grafiteiros. Começamos a ampliar nosso leque de contato que a gente sempre teve, com a galera do hip-hop, com a Marina Machado a gente sempre quis levar um som, ela tem uma pegada groovada e gosta desse som. Com o Renegado a gente já tromba pelos palcos há algum tempo, ele participa de show nosso, o Cubano participou do disco dele. Já se cria uma cena independente em Belo Horizonte e não é precisa mais só colar com neguinho de fora.




Existe esse clima de camaradagem entre as bandas independentes de Belo Horizonte, um querendo dar uma força pro outro, melhorar a cena na cidade ?


Desde quando a gente começou foi justamente assim, “pô, gente, vamos fazer uma festa”, foi no junta-junta que surgiu o Black Sonora. É no junta-junta que a gente vai fortalecer a galera. Esse ano foi justamente isso, é a vontade da galera de se ajudar mesmo. E não é só pela Black Sonora, é pelo Tim Maia, pela cena em Belo Horizonte e pelo que a festa representa entre o pessoal do cenário. Todo mundo quer se ajudar, divulgam na internet, têm carinho pelo trabalho. Também é importante formar uma cena que não fique só na música, que seja mais ampla, que junte a galera do grafite também. É muito bom isso porque você movimenta a cidade, faz a coisa crescer mesmo. Com a Internet abre-se o leque de contatos, a banda divulga muito, tem blog, Youtube, My Space. A Internet ajuda muito a movimentar a cena.

Vocês fazem cover de Jackson do Pandeiro. A influência da música nordestina no som da Black Sonora veio com você mesmo ou a galera já curtia?

Indiretamente foi por minha causa. O Cubano foi na minha casa um dia e começou a ouvir meus discos. Tinha Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro. Ele ouviu a música “Zumzumzum” e gostou muito. Foi no início, estávamos preparando as músicas próprias e decidimos que íamos fazer alguns covers, como Marku Ribas, Tim Maia, Jorge Ben, música cubana, e a música do Jackson do Pandeiro também, porque ficou muito massa e começou a fazer parte do repertório. O Jackson do Pandeiro é o rei do ritmo, então hoje, com certeza, ele estaria fazendo um hip-hop, um funk, do seu jeito. Jackson do Pandeiro foi o primeiro artista pop brasileiro, o cara era da rádio, fazia cinema, era ator.


Existe a idéia de fazer um projeto como esse com outro artista?


Acho que não, senão a gente vai ficar muito preso a fazer essa festa para artistas. Nós damos continuidade a esse evento porque a banda, como é hoje, se formou por causa deste tributo. Esse projeto é nossa menina dos olhos, cuidamos dele com muito carinho.

Fonte: http://www.new.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_13/2009/03/25/ficha_ragga_noticia/id_sessao=13&id_noticia=9150/ficha_ragga_noticia.shtml

Confira cobertura do Tributo ao Racional Tim Maia


Bruno Mateus - Ragga


Muito swing e balanço marcaram o tributo ao Tim Maia Racional, no último sábado, no Lapa Multishow. Comandado pela banda mineira Black Sonora, a 7ª edição do projeto contou ainda com os convidados Marina Machado, o rapper Renegado e Pedro Morais. Antes do show, a participação de MCs e Bboys agitou a galera. “Vamos fazer barulho”, pediam os MCs, que eram prontamente atendidos pelo público. No tributo, a Black Sonora toca a fase racional do síndico, como Tim Maia era carinhosamente chamado. Lançado em dois volumes, em 1975 e 1976 respectivamente, “Tim Maia Racional” remonta a fase mística do cantor, quando ele se interessou a fundo pela seita Universo em Desencanto e a cultura Racional.

Preservar e resgatar a obra de artistas importantes. Na opinião do convidado Pedro Morais, essa é a importância de eventos como esse. “Se não tivesse esse resgate, se o jornal volta e meia não falasse alguma coisa, se não tivesse esse tipo de ação sócio-cultural, talvez ele estivesse esquecido”, pondera. O rapper Renegado, que também subiu aos palcos para celebrar a música de Tim Maia, teve seu primeiro contato com essa fase do cantor através dos Racionais Mcs, quando eles samplearam “Ela Partiu”, de Tim, na música “Um homem na estrada”. DJ Yuga, integrante da Black Sonora, atribui ao projeto importância fundamental para que o grupo chegasse à formação atual. “Ali foi começando a formação, em 2005 o Gustavo (vocalista) me perguntou se eu queria entrar para a banda”, lembra.

Quem foi ao Lapa viu um show que deu motivos de sobra para a galera dançar e cantar, até arriscando coreografias mais ousadas, típicas do soul e do funk (não, não o funk do Rio de Janeiro). As músicas da fase Racional de Tim Maia têm balanço, swing e pegada irresistíveis, não tem como ficar indiferente. Mérito para o grande artista que era Tim, e também para a Black Sonora, que toca e divulga essa fase ainda tão desconhecida do nosso querido síndico.



Pedro Morais bateu um papo com a Ragga. Confira!

Qual a sua relação com a Black Sonora? Você conhece a galera da banda há muito tempo?

Eu conheço o pessoal há uns três anos. Tive mais contato com o DJ Yuga, a gente sempre se encontrava em reuniões, projetos culturais. A gente sempre conversou sobre fazer alguma coisa junto, mas não conhecia o resto da banda. Eu estava no Rio em fevereiro gravando meu disco e fui a um show deles e conheci os caras. Rolou uma brodagem.


Em que se parece o seu trabalho com o da Black Sonora?

Cara, a parte rítmica, de groove. No meu violão eu sempre tive uma coisa mais mastigada, gosto muito e me identifico com a black music brasileira, principalmente, e eles fazem um som nessa linha, então curto demais, tem tudo a ver comigo. Mas não sou representante de black, de nada. Primeiro porque eu não sou preto, e segundo porque eu não faço som de preto, mas adoraria porque acho que lá dentro eu sou negro. Na próxima encarnação, se Deus quiser, eu volto negão. (Risos)

Você já conhecia o Tim Maia nessa fase Racional?


Conheci há pouco tempo. De uns dois anos pra cá, o Israel do Vale, que é brother e jornalista, me apresentou o disco Racional logo quando a Trama tinha feito a reedição do vinil para o CD. Eu chapei, achei demais. Algumas coisas eu já conhecia de ter ouvido em alguma festa, na casa de alguém. Não sou um conhecedor de Tim Maia. Estou tendo mais oportunidade por causa do Israel. Não posso dizer que sou fã de Tim Maia desde pequeno, eu tive outras influências.

Quais, por exemplo?


Caetano Veloso, Chico Buarque, Novos Baianos, Tom Zé, outras coisas que me mexiam muito mais.

Qual a importância de tributo como esse? Muita gente não sabe quem foi Tim Maia. Conte um pouco da importância de participar desse tributo.

Bicho, eu acho que se não existisse este tipo de tributo, talvez a coisa fosse perdendo um pouco o fôlego, ainda mais que o cara já morreu, aí vai ficando raro, só para quem já é fã há muito tempo. Os artistas da década de 1940 para baixo quase não são lembrados. Se não tivesse esse resgate, se o jornal volta e meia não falasse alguma coisa, se não tivesse esse tipo de ação sócio-cultural talvez ele estivesse esquecido. Tanta gente importante já fez música boa e muita gente nem sabe que existe. É importante existir tributo, é importante lembrar que determinado fulano existiu. Mais importante ainda é que isso partiu de uma galera jovem. É muito bom, tem que continuar acontecendo.

Fonte: http://www.new.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_13/2009/03/23/ficha_ragga_noticia/id_sessao=13&id_noticia=9080/ficha_ragga_noticia.shtml

terça-feira, 24 de março de 2009

E tome mais fotos...

Salve Povo do BEN!

Numa relax, numa tranquila, numa boa???

Essas ai foram tiradas do site do Lapa Multshow, fotos feitas por Vinicius.



No mais... aquele abrAÇO e espalhe a palavra

Yuga

Mais fotos do Show

Salve Povo do BEN!

Numa relax, numa tranquila, numa boa???

Olha aí mais fotos do show, essas foram tiradas pela Mônica Arruda.







Se vc tirou fotos ou fez vídeos do show Tributo ao Racional TIM MAIA, encaminhe para a gente no e-mail blacksonora@gmail.com que iremos postar aqui no Blog.

No mais... aquele abrAÇO e espalhe a palavra

Yuga

Fotos do 7º Tributo ao Racional TIM MAIA por Marco Aurelio Prates

Salve Povo do BEN!

Numa relax, numa tranquila, numa boa???

Antes de mais nada, agradecer a presença de todos e dizer que o evento foi um sucesso. A "Energia Racional" reverberou e contagiou pelos 4 cantos do Lapa Multshow.

Aí vão algumas fotos do show feitas pelo fotógrafo Marco Aurélio Prates.



No mais... aquele abrAÇO e espalhe a palavra

Yuga

sexta-feira, 20 de março de 2009

7º Tributo ao Racional TIM MAIA pela Net

Salve Povo do BEN!

Numa relax, numa tranquila, numa boa???

Este ano tivemos a colaboração do "black broder" Roger Deff (Julgamento) na assessoria de imprensa, e ficamos muito impressionados com o trabalho do cabra. Aí vai alguns links do que saiu sobre o evento pela net.


Estado de Minas - Caderno Divirta-se
(Capa)


Overmundo - Agenda


Ragga Drops


Super Notícias



Blog Na Garagem


Agenda BH


Programa Alto Falante



BH Eventos


Blog Duelo de MCs


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Yuga

O papo agora é “racional”: com Pedro Morais




Dono de uma das vozes mais elogiadas do circuito mineiro, Pedro Morais representa a nova geração da música produzida em Minas, com um viés cosmopolita que dialoga com outras linguagens. O cantor é um dos convidados para a 7ª edição do Tributo ao Racional Tim Maia e, como não poderia deixar de ser, também falou sobre o trabalho do saudoso Sebastião e sua importância para a nossa música. Com a palavra Pedro Morais.


Olá Pedro, vamos começar o nosso “papo racional” falando sobre a influência do Tim Maia na música brazuca, em seu próprio trabalho...


Pedro Morais:
Ele me influenciou mais na black music, foi um dos pioneiros do soul brasileiro, assim como o Jorge Ben. Ritmo é algo que mexe muito comigo, por isso tenho essa identidade forte com o Tim Maia, menos com a fase “música de novela” e dor de cutuvelo que sinceramente, não chama a minha atenção.

Vamos à pergunta de praxe: Como aconteceu o seu contato com os discos “Tim Maia Racional”?


Pedro Morais: Eu não tenho os discos ainda. Quando a trama reeditou um dos volumes pude sacar que era algo mais introspectivo, mais pessoal. Agora, meu primeiro contato foi aqui em Belo Horizonte, numa festa em que o Yuga estava discotecando, se não me engano, uma festa que rolou há alguns anos atrás na Rua Diabase,aí chapei com o som. Tinha saído pra curtir com alguns amigos e achei aquilo muito bom.


E o tributo, como rolou o convite?


Pedro Morais: Eu sempre encontrava o Yuga por aí, nas festas, e já havia visto shows da Black Sonora antes. Fiquei chegado do Yuga nas reuniões da SIM (Sociedade Independente da Música). Em fevereiro eu estava no Rio de janeir, gravando meu disco novo, aí rolou um festival e a Black era a única banda mineira e fui lá ver. Gostei muito da apresentação, aí o Yuga me convidou pra participar do Tributo. Topei na hora!


E o qual som do Tim você vai fazer com os caras?

Pedro Morais:
Tô seguro por enquanto de fazer a Guiné Bissau, mas estou olhando outras também. Tô bem animado.


Como você avalia uma homenagem como o Tributo...?

Pedro Morais: Acho que uma homenagem destas é muito importante, principalmente porque o brasileiro tem memória curta no que se refere à cultura. Acho importante porque mantém viva a memória musical do cara, ainda mais por pertencer à uma fase tão específica. Um exemplo dessa nossa “falta de memória” é o caso da cantora Maysa Matarazzo. Eu nunca fui apegado a modismos, sinceramente nunca liguei pra isso, então já ouvia o trabalho dela, coisa que muita gente só veio a conhecer depois da mini-série global. Existe um aspecto muito positivo, porque as pessoas começam a falar do trabalho como se fosse algo mais próximo, como se sempre tivessem tido contato. Mas tem muito cara bom que as pessoas desconhecem, são vários casos assim. Um que considero emblemático é o do Marku Ribas, um músico com muita estrada, dono de uma obra rica, cheio de energia e produzindo bastante até hoje. Acho muito bom que façam uma homenagem à essa fase mais desconhecida do Tim Maia, que é das mais autênticas, valorizo demais, mas isso deveria ser feito com outros artistas também, músicos que não tiveram essa oportunidade.
Roger Deff é vocal do Julgamento, jornalista, leitor de Hqs e, claro, ouvinte compulsivo do Tim Maia

quarta-feira, 18 de março de 2009

O papo agora é "racional" com Gurila Mangani


Beat maker e um dos principais mcs da nova safra belo horizontina, Gurila Mangani trata de assuntos diversos em suas letras usando combinações de samplers ousadas e experimentais. O rapper esteve presente na última edição do Tributo e está de volta ao lado do Black Sonora e do time convocado pelos caras. Neste bate papo o tema não poderia ser outro: Sebastião Rodrigues Maia e "o universo em desencanto". Com a palavra Gurila Mangani!



Essa pergunta é padrão no nosso "papo racional": Qual foi seu primeiro contato com este trabalho do síndico?

Gurila Mangani: Pô,desde que eu me entendo por gente eu escuto Tim Maia, já o Racional, acho que o mesmo pra maioria das pessoas envolvida com o rap...foi através da música "O homem na estrada" do Racionais e daquele primeiro álbum do Marcelo D2, onde ele cita algumas vezes este disco.

E quando foi que você teve acesso ao material original? Qual foi sua impressão imediata? Com a mensagem, com tudo...

Gurila Mangani: Ao material original confesso que foi a pouco tempo...há uns 5 anos atrás, mais ou menos. Racional é clássico, principalmente a qualidade musical do disco...os arranjos....é FUNK de 1ª e brazuca!

Pra você como produtor e músico, qual a influência sobre as suas criações?

Gurila Mangani: No papo de musico mesmo? Gosto muito da linha de baixo desse disco e dos metais. A mixagem é bem foda! Com aquele "grave" batendo e tal. Sem contar que pra samplear a obra é um prato cheio!

E o Tributo ao racional... você já participou antes então tá super qualificado pra avaliar a importância do evento...diz aí:

Gurila Mangani: Esse evento pra mim, e acho que pra maioria das pessoas que participam, tanto músicos quanto público, nada mais é do que uma celebração a essa fase do sindico, tá ligado? Pra ser sincero, acho que foi o melhor show que eu participei em 2008. A vibe da galera, a sintonia dos músicos...pô, tá na mente pra sempre! (risos) Foi clássico!

Bacana. E pra este Tributo? Qual a expectativa? O que vocês vão aprontar por lá?
Gurila Mangani: então, expectativas melhores possiveis...Black Sonora, Marina Machado, Renegado,Pedro Morais, André Lima, DJ Spider, Brasilino...Vixiiii.... Time de primeira. Pode ter certeza que esse tributo vai ser clássico.

Estaremos lá então. Valeu Mangani.

Gurila Mangani: É tudo nosso irmão.

Roger Deff é jornalista, vocal do Julgamento leitor assíduo de HQs e, claro, ouvinte compulsivo do Tim Maia!

terça-feira, 17 de março de 2009

Black Sonora comanda mais um Tributo ao Racional Tim Maia

Daniel Ottoni - Ragga


A banda Black Sonora vai comandar, pela sétima vez, o Tributo ao Racional Tim Maia.

O grupo, que ficou em segundo lugar na disputa do Guarana Antarctica Sound, já é bastante conhecido do público jovem de BH e promete balançar a galera com as músicas mais marcantes do síndico mais famoso do Brasil.


O som original da Black Sonora conta com ritmos latinos e contemporâneos. Algumas apresentações marcantes da banda aconteceram em eventos como o Festival de Arte Negra, Festival Internacional de Teatro e Conexão Vivo (antigo Conexão Telemig Celular). No 1º Festival de Música de Belo Horizonte, a BS mandou bem e garantiu a primeira colocação da disputa.


O Tributo ao Racional Tim Maia acontece uma vez por ano. Quem gosta de música boa, com certeza, vai marcar presença.

A Black Sonora é formada por: Gustavo Negreiros (voz e guitarra), Rubèn "Cubanito" Santillana (voz e percussão), Heltom Resende (guitarra), Luiz Prestes (baixo), Ronan Teixeira (bateria), Bruno Lima (percussão), DJ Yuga (samples, pick up, e intervenções).

Acesse o MySpace da banda ou o blog do Tributo



Tributo ao Racional Tim Maia
Quando: 21 de março de 2009
Onde: Lapa Multishow (Rua Álvares Maciel, 312, Santa Efigênia)
Quanto: R$ 20 (antecipado) e R$ 30 (na hora)
Informações: (31) 3241-2074


fonte: http://www.new.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_16/2009/03/17/ficha_drops_noticia/id_sessao=16&id_noticia=8865/ficha_drops_noticia.shtml

Com a palavra "racional": DJ Thiagão!



Por Roger Deff

Thiagão é destes casos clássicos de caras que iniciaram a carreira de disc jockey em festas de amigos, já mostrando grande pré-disposição pra coisa. Das festas informais o DJ Tiagão passou aos grandes eventos, como shows de Lenine, Nação Zumbi e Cordel do Fogo Encantado além de ter tocado em casas como Pop Rock Café, Marista Hall, e eventos como um certo tributo a um tal de Sebastião Rodrigues Maia, entre outros. Experiência é o que não falta a este DJ que, como ele mesmo diz, é influenciado pela música brasileira e pela Black music de uma forma geral, com foco na versatilidade: “...meu leque e diversidade como Dj proporciona tocar numa mesma noite vários ritmos diferentes mantendo a pista eclética, mas sem perder a vibração”. A palavra agora é do Thiagão, sobre o Tim maia Racional...


"...há alguns anos atrás estava presente nas reuniões iniciais do primeiro tributo que aconteceu no ziriguidum. Me lembro de todos na casa do nosso grande David Benfica, que morava junto com o Dj yuga, ali na Catalão, resolvendo como seria o tributo e tals..mas sem imaginar das dimensões que isso tomaria. Hoje a festa é conhecida por todos e o Black Sonora se torna uma das maiores novidades de qualidade de nossa musica. Foi e é um prazer participar dos eventos que estejam envolvidos musica de qualidade e pessoas especiais. Muita sorte e vibrações sonoras reverberando por todos os cantos e pistas que sejam alcançadas!!!!..."

Roger Deff é vocal do Julgamento, jornalista, leitor de Hqs e, claro, ouvinte compulsivo do Tim Maia

sábado, 14 de março de 2009

O papo agora é “Racional”: com o rapper Renegado


Por Roger Deff
Fundador do NUC, um dos mais antigos grupos de rap da capital mineira, Flávio de Abreu Lourenço ficou conhecido na cena local como Renegado. Recentemente o rapper iniciou seu trabalho solo e atualmente é um dos artistas belo horizontinos de maior destaque no país. Num bate-papo bem ao estilo ping-pong, Renegado, que também é convidado do Tributo ao Racional Tim Maia este ano, falou da importância da música do síndico (o saudoso Sebastião Rodrigues Maia) e, óbvio, do Tim Maia Racional.


Fala aí Renegado, já que o papo é sobre o Tim e sua fase Racional, fale um pouco do seu primeiro contato com este trabalho.


Renegado - Bom, o meu primeiro contato foi através da música “O homem na estrada” do Racionais Mcs, em que eles samplearam “Ela Partiu “ que está no Tim Maia Racional. Só que na época eu não fazia a menor idéia que aquilo era do Tim Maia. Eu sempre tive acesso ao trabalho mais pop, às coisas mais populares, já que minha mãe sempre ouvia em casa, então passei boa parte da minha vida ouvindo as músicas dele. Há mais ou menos oito anos atrás, quando comecei a pesquisar pra fazer meus beats, acabei descobrindo o Tim Maia Racional na íntegra. Toda aquela sonoridade groovada e tudo, eu já gostava mais aí tive certeza da genialidade do cara.


Pois é, são discos bem peculiares, até porque tem a questão do tema, sempre falando da filosofia racional e tudo...

Renegado - Sim, é verdade, mas o que me toca é a questão da genialidade musical dele. É um cara intenso, e nestes álbuns você tem a oportunidade de ouvir ele inteiro, livre das drogas como esteve poucas vezes, eu acho. É um trabalho forte, feito com sentimento. Ali ele tava falando de uma parada que estava realmente dentro dele. É algo que não dá pra explicar. Enfim, é o Tim Maia.


E como você avalia a importância deste Tributo à fase “exotérica” do Tim?

Renegado - Acho massa demais mano. Até porque sempre homenageiam artistas mais elitizados, como Tom Jobim e o Vinícius de Morais, já o Tim Maia é um cara do povão, um músico popular. E o tributo faz uma homenagem mais do que merecida ao trabalho, principalmente por resgatar uma fase pouco conhecida do grande público. O Tim não é um músico de uma ou algumas músicas, é um músico de obras. Acho importante apresentar o que ele produziu às pessoas de uma forma geral.


Este ano você participa do Tributo. Como está a expectativa?

Renegado -
Mano, tô feliz pra caramba com o convite, principalmente por se tratar dos caras do Black Sonora, que têm uma correria intensa. Massa mesmo, e é uma festa bacana demais, maior prazer em participar.


Já sabe qual música do “racional” você vai fazer?

Renegado -
Tenho algumas idéias, mas vamos definir melhor depois do ensaio. Mas a vibe já ta rolando.


Então, até o Tributo.
Renegado -
Até lá.

Roger Deff é vocal do Julgamento, jornalista, leitor de Hqs e, claro, ouvinte compulsivo do Tim Maia

Maestro Andre Lima e seus teclados...




Mineiro, nascido em Itabira, músico que preza pelos timbres e que vive música. Em 2007 mudou-se para São Paulo e tem se apresentado com nomes como Rodrigo Sha, Alexandre Grooves, Tita Lima, Carlos Pontual, Gabriel Moura e Mallu Magalhães. No cenário musical mineiro trabalhou com artistas e bandas como Berimbrown, Black Sonora, PoiZé, Refinaria, Nono Osso, Lucas dos Anjos, Selmma Carvalho, Kiko Klaus, Renegado, Ricardo Koctus (Pato Fu), Júlia Ribas, Tattá Spalla e Pedro Morais. Foi integrante das bandas Caxakustica e Cumbaquê. Dividiu palco em participações especiais com Max de Castro, Marku Ribas, Marcelo Camelo e Toninho Horta, entre outros. Gravou em produções musicais de Jongui, Barral, Chico Neves e Miranda.

Myspace do Andre Lima

Com vocês... Renegado


Renegado é um rapper brasileiro nascido e criado na comunidade Alto Vera Cruz, na zona leste cidade de Belo Horizonte. Autodidata, o músico começou a cantar aos 13 anos, ao mesmo tempo em que deu início à sua atuação em movimentos sociais. Em 1997, foi um dos fundadores do grupo de rap NUC (Negros da Unidade Consciente), com o qual se apresentou por todo o Brasil e em países da América do Sul, África e Cuba.

Posteriormente, o NUC tornou-se uma ONG, presidida por Renegado, que desenvolve trabalhos sócio-culturais junto a jovens de comunidades carentes com o foco principal nos jovens do Alto Vera Cruz. A partir de 2006, após o convite da produtora Danusa Carvalho para se apresentar no projeto Stereoteca, Renegado passou a se dedicar tambem à carreira solo e desde então vem acumulando uma bagagem de shows e participações em apresentações de outros artistas. Em sua carreira solo Renegado investe na incorporaração de outras referências musicais como reggae, maracatu, música cubana, samba além de outras influências da cultura típica brasileira e de tradições regionais, sem, no entanto, abandonar características do tradicional rap norte-americano e o apelo social do rap brasileiro.

Myspace do Renegado

Com vocês... Marina Machado


Filha de Oswaldo Machado dos Santos, advogado, e de Rosélia Maria de Almeida Machado, empresária, Marina estudou canto lírico e popular e passou a cantar informalmente desde o fim da adolescência.

A sua primeira participação como cantora profissional aconteceu em dois musicais, “Hollywood Bananas” e “Na Onda do Rádio”. Paralelamente, entre 1992 e 1995, Marina mantinha com os músicos Podé e Maurinho Nastácia o trio “Zoombeedoo”, que interpretava clássicos do rock nacional e internacional.

Fundou a Companhia Burlantins, onde concebeu e atuou em “O Homem da Gravata Florida”. Em 1998, lançou, ao lado de Regina Spósito, o CD “Desoriente um País”, resultado do show “Hebraico”, no qual as cantoras interpretavam músicas em hebraico e iídiche.

Em 1999, foi convidada para participar do show de Hermeto Pascoal, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte], e também por Milton Nascimento para se apresentar em algumas datas da turnê do disco “Crooner”. Com o CD “Baile das Pulgas”, ganhou o Troféu Pró-Música de melhor CD gravado em 1999 em Minas Gerais. Em 2000, chegou ao quarto lugar do Visa.

Produziu o CD-demo “Candombe da Serra do Cipó”, música de raízes afro-brasileiras que exerceu grande influência no trabalho da cantora. Os registros de Marina Machado rederam ao Candombe a sua inclusão na Cartografia Musical Brasileira do Itaú Cultural.

Myspace da Marina Machado

Com vocês... Pedro Morais



Natural de Belo Horizonte (MG), Pedro Morais, muda-se aos 2 anos de idade para a cidade de Minas Novas, no Vale do Jequitinhonha. Aos sete anos, começa a executar seus primeiros acordes ao violão, incentivado pelos pais.

Pouco tempo depois, já familiarizado com um segundo instrumento, o bandolim, passa a freqüentar rodas de chorinho e samba-canção, tornando-se o mais jovem bandolinista da região.

Nessa época, começa a acompanhar os pais, Vânia Morais e Dalton Magalhães, em festivais regionais, habituando-se aos palcos. Aos 14 anos, retoma o interesse maior pelo violão e passa a fazer apresentações solo. Mais tarde, de volta a Belo Horizonte, Pedro integra uma banda de MPB e rock, importante fonte de acúmulo de experiências para sua performance artístico-musical.

Em 1999, Pedro Morais é considerado o melhor intérprete do 16.º Festival da Canção de Turmalina (Festur), com uma música de autoria própria.

No ano seguinte, é convidado para o projeto Viva a Praça – Cantores, do BDMG Cultural, e é um dos vencedores do Conexão Telemig Celular 2004 – Novos Talentos na Música Mineira, participando do CD do projeto com as músicas “Minha Loucura” e “Muito Mais” –esta última, com participação especial de Marina Machado.

Myspace do Pedro Morais

sexta-feira, 13 de março de 2009

Ao som do Síndico

Já imaginou uma batalha de freestyle regada a beats executados ao vivo por uma banda cheia de grovee? Já imaginou se esses beats fossem versões de músicas assinadas pelo sindico Tim Maia? E mais, já imaginou presenciar esse acontecimento na faixa, sem desembolsar sequer um real? Pois bem, isso é o que acontecerá amanhã, sexta-feira 13, no Duelo de MC’s, data da edição dedicada às clássicas batalhas de improviso.

No placo, os MC’s agraciados com a oportunidade de se enfrentarem na disputa de versos serão orquestrados por bases instrumentais saídas diretamente da cozinha do Black Sonora, uma das mais representativas e bem sucedidas bandas da nova safra da música mineira.

Pela novidade já vale garantir a presença debaixo do Viaduto Santa Tereza na noite de amanhã. O convite torna-se ainda mais tentador quando anunciadas as outras atrações da festa: roda de B.boys, graffiti ao vivo, DJ’s, a vibe do público, etc.

A interação entre Família de Rua e Black Sonora é um aquecimento para o “Tributo ao Racional Tim Maia”, festa que rola no próximo dia 21 em Belo Horizonte. Como já enunciado no post anterior, pela sétima vez a banda Black Sonora reúne um time de primeira para homenagear a fase racional de Tim Maia, um dos maiores nomes da música negra tupiniquim. Confira maiores informações no blog do Tributo.

Enfim, a noite de amanhã, ao contrário do que a data sugere, será mais uma daquelas noites abençoadas, dedicada à celebração da arte, da cultura e da alegria. Compareça! Leve alguém com você! É só chegar!

PDR Valentim

Direto do site da Trama

Abra a porta e vá entrando...
Tudo é possível quando música e crença se encontram. Do batuque de terreiro ao canto gregoriano ou à celebração gospel, todo louvor cabe em melodias e todo ritmo se presta à devoção. Foi iluminado por Jah que Bob Marley tornou-se rastafári, fazendo do reggae a trilhasonora de uma fé que, não fosse por ele, seria praticada por bem menos gente. Tim Maia também teve sua incursão transcendental. Guiado por um “ser superior”, o “verdadeiro Deus”, como ele mesmo afirmava, Tim virou porta-voz da Cultura Racional. Sua fase mística, de 1974 a 1976, foi intensa e prolífica, mas acabou renegada com tamanho ímpeto que permaneceu por décadas sob o manto do mistério.

Felizmente, o espólio artístico daquele período sobreviveu. E o primeiro dos dois volumes assinados por Tim Maia Racional agora sai das sombras. Além do interesse que toda raridade suscita, esta é uma relíquia que pede para ser decifrada sob o signo de sua própria gênese. Uma das reputações que melhor definem a lenda de Sebastião Rodrigues Maia (1942-1998) é a de ele sempre ter mergulhado de cabeça naquilo em que acreditava. Quando aderiu à Cultura Racional, foi com o fervor típico de quem descobre “o caminho”. Como fazem os discípulos mais aplicados, Tim se dedicou de corpo e alma à nova crença: abandonou antigos hábitos, rasgou contratos que garantiam sua sobrevivência, forçou os músicos que o acompanhavam a comungar da mesma crença e, acima de tudo, pôs sua imagem e fama a serviço daquilo que se tornou sua razão de viver. Definindo a Cultura Racional como “um raciocínio superior a todos os raciocínios”, ele a defendia como sendo “a verdadeira luz da humanidade”. Tim Maia virou Racional por intermédio de Tibério Gaspar, compositor de BR-3 e Samarina. Lendo o livro Universo em Desencanto, ele se converteu a algo que é difícil de definir. Por isso mesmo, Tim preferia dizer o que a Cultura Racional não é: “Não é religião, não é seita, não é doutrina, não é ciência, não é filosofia, não é espiritismo. É um conhecimento vindo do nosso verdadeiro mundo de origem. Não é extraído de nenhuma mente humana”.

Comprovando sua excepcional musicalidade, Tim compôs maravilhas a partir do “imusicável”. Nem mesmo o criador da Cultural Racional, Manoel Jacintho Coelho (1903-1991), elevado por Tim ao posto de “maior homem do mundo”, poderia sonhar com um seguidor tão talentoso, capaz de transformar proselitismo em músicas formidáveis.

Convencido do “dever de fazer propaganda desse conhecimento” (nome que deu a uma de suas canções, lançada no volume 2), Tim Maia não se limitou a criar jingles fáceis. Embalou as palavras ditadas pelo Racional Superior em um som de arrasar, contando para isso com uma banda enxuta e polivalente. Nas gravações, Tim tocou baixo, bateria, percussão e flauta transversal.

Serginho Trombone assumiu o piano em uma das faixas. Além deles, tocaram Robson Jorge (órgão elétrico, piano, teclado), Paulinho Guitarra (guitarra, baixo, violão), Beto Cajueiro (baixo), Paulinho Trompete (trompete), Oberdan Magalhães (sax) e dois bateristas, Robério Rafael (que foi da banda Brylho) e Luiz Carlos Batera (ex-Banda Black Rio). O resultado evoca uma superprodução, com arranjos complexos e produção de primeira. Mas não foi bem assim. Tim arranjou tudo, com a colaboração de sua banda. E ele próprio produziu os discos, gravados em um estúdio sem grandes recursos. Ainda que tenha se desencantado rapidamente e passado o resto da vida evitando comentar sua fase racional, Tim Maia teve nela um de seus grandes momentos como artista. A prova, indiscutível, é este CD.

Para recuperá-lo do esquecimento, foi preciso um trabalho arqueológico: o master usado na atual versão é uma cópia restaurada a partir de um LP, já que não há vestígio algum daquelas gravações originais, exceto as poucas cópias prensadas que ainda restam, quase sempre castigadas pelo uso.

Como que perpetuando a aura mítica da obra racional, a Trama incluiu no mesmo álbum duas versões: uma remasterizada, outra com o som do vinil. O que pode parecer preciosismo é na verdade um sinal de respeito a esse tesouro da música brasileira. Ouça e comprove. Ou melhor: abra a porta e vá entrando...

Celso Masson

fonte: http://trama.uol.com.br/portalv2/album/index.jsp?id=4774

Ouça Black Sonora no CAS


Salve Povo do BEN!

Numa relax, numa tranquila, numa boa???

Mais uma vez estamos nas ondas sonoras do podcast CAS | Caipirinha Appreciation Society, Programa de rádio londrino dedicado à diversidade da música brasileira apresentado pelos brasileiros MdC Suingue e Kika Serra.

Neste programa "Oh La La!" rolou a versão remixada de Que Beleza do projeto Malaquito 16, música gravada em 2004 pelo Black Sonora com David Bemfica no violão e André Lima nos teclados.

No mais... aquele abrAÇO e espalhe a palavra

Yuga

quinta-feira, 12 de março de 2009

Black Sonora no Duelo de MCs | Aquecimento Tributo


Salve Povo do BEN!

Numa relax, numa tranquila, numa boa???

Nesta Sexta-feira 13 estaremos no Duelo de MCs como banda de apoio tocando ao vivo as bases para a galera rimar, como o Tributo ao Racional TIM MAIA está chegando, a idéia é tocar bases de músicas do Sindico, vamos ver no que dá.

Para aqueles que ainda não tiveram oportunidade de conhecer o trabalho do Familia de Rua, esta é uma ótima oportunidade.

O Duelo de MCs acontece todas as sextas a partir das 20h debaixo do Viaduto Santa Teresa (ao lado da Serraria Souza Pinto).

No mais... aquele abrAÇO e espalhe a palavra

Yuga

quarta-feira, 11 de março de 2009

O papo agora é "racional" com Sérgio Pererê


O cantor, compositor e percussionista Sérgio Pererê é Integrante do Tambolelê, grupo que possui dois álbuns gravados e diversas participações ao lado de artistas como Milton Nascimento e Maurício Tizumba. Dono de uma voz com características marcantes, Pererê é reconhecidamente um dos mais importantes músicos do estado. Trocamos uma idéia bacana com ele sobre o Tim Maia Racional e até questões políticas surgiram na conversa. Confira abaixo.


Qual foi o seu primeiro contato com os discos da fase “racional” do Tim Maia?
Foi há uns vinte anos atrás, quando conheci algumas pessoas da cultura racional. Eram fãs de black music e do Tim Maia, talvez até pelo fato de ele ter feito dois discos voltados para a crença deles.


E qual foi a sua primeira impressão em relação àquele trabalho?
Achei a música muito poderosa, principalmente porque ele usou a arte pra expressar uma verdade pessoal. Quando ele se vale da arte pra dizer algo em que acredita isso por si só torna a obra louvável. Ele se baseou em coisas pessoais para compor aquelas músicas, como quando ele diz “já senti saudade,já fiz muita coisa errada” são experiências pessoais, entende? É como funcionam as letras do John Lennon, por exemplo. São muito verdadeiras, e essa verdade pessoal é o que as torna universais, assim como estas músicas do Tim Maia.

O trabalho do Tim influenciou você enquanto cantor?
Com certeza. Como cantor negro é impossível negar a presença do Tim Maia. Ele possuía uma extensão vocal fantástica, uma grande capacidade de improvisar nas mais diversas situações. De certa forma o Tim Maia é o grande mestre de cerimônia da música brasileira.

Você participou do último Tributo ao Racional Tim Maia, como rolou o convite?
Eu já havia visto o Black Sonora, conhecia alguns deles, como o Yuga por exemplo. Desde o início gostava muito do trabalho e estava interessado em fazer algum trabalho com os caras. Lembro que uma vez, eu estava indo pra Espanha, havia acabado de assistir ao show da banda e pedi o cd para que eu pudesse levar e contribuir de alguma forma. Algum tempo depois rolou o convite para participar do Tributo, e eles tiveram muita paciência comigo porque eu estava com outras músicas na cabeça (risos), mas deu tudo certo no final.

Há uma revalorização da música negra brasileira da década de 70, por parte do público jovem. Como você avalia isso?
É necessário voltar lá atrás pra analisar a importância disto. Nos anos 70 surgiram ícones negros como Cassiano, Toni Tornado e que traziam essa questão do “orgulho em ser negro” num país como o nosso, que é preconceituoso e tem dificuldades em lidar com isto. Nos anos 80 este pessoal desapareceu, só o Tim Maia permanecia, e aí ficou um hiato. Anos depois existe essa revalorização, mas ela não veio sozinha, veio com uma mudança de comportamento. Não tenho dificuldades em falar da questão étnica porque sou muito tranquilo em relação a isso, mas o fato é que ser negro no Brasil continua difícil, mas é mais fácil do que foi há anos atrás, quando você se olhava no espelho e tinha certeza que a sua aparência era errada, isso acontecia muito, principalmente com as garotas. Então hoje você escuta “o negro é lindo”, considero isso um avanço, mas é pouco, já que as pessoas estão preocupadas apenas com a estética. A coisa é mais importante do que dizer “a gente é lindo”, vai além disto, é uma questão de identidade. Fazer um tributo ao Tim Maia é fazer homenagem à alguém que era antenado nisso tudo, e tem uma simbologia importante já que em outros tempos festas assim não seriam vistas com bons olhos, por uma questão meramente cultural.

Muro Racional por Hyper

Salve Povo do BEN!

Numa relax, numa tranquila, numa boa???

Olha ai mais um "muro racional" pela cidade, dessa vez a arte ficou por conta do grafiteiro Hyper e vc pode ver de perto na av. do contorno, Floresta ao lado do Lobo Mau.



Foto por Cubanito.

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Yuga

terça-feira, 10 de março de 2009

Mais fotos do Muro Racional

Salve Povo do BEN!

Numa relax, numa tranquila, numa boa???

Ai vai mais fotos do "Muro Racional" feito pelos grafiteiros Iron 2, Gud e MTN na av. Cristovão Colombo - Savassi.



Fotos por Cubanito

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Yuga

sexta-feira, 6 de março de 2009

Tributo ao Racional TIM MAIA pela Cidade...

Salve Povo do BEN!

Numa relax, numa tranquila, numa boa???

Este ano a Sétma edição do Tributo ao Racional TIM MAIA terá várias surpresas, uma delas é a parceria que fizemos com os grafiteiros IRON 2 , GUD , MTN (alemanha), que já estão mandando a "Energia Racional" pelos muros da cidade, confira ai algumas fotos do muro da Av. Cristovão Colombo na Savassi.









Daqui a pouco coloco aqui a programação deste ano, certo?

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Yuga

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Ao som do Tim Maia Racional




Não é exagero nenhum dizer que este é um dos trabalhos mais influentes da música brasileira, claro que a obra do saudoso Tim não se resume a apenas isso, mas trata-se de uma fase singular e musicalmente genial do síndico. Os discos (são dois volumes) foram lançados respectivamente em 1975 e 1976 pelo selo “Seroma” (abreviação de Sebastião Rodrigues Maia). Como os trabalhos foram lançados de forma independente, o próprio Tim Maia e os músicos da banda saíam com os discos debaixo do braço, de porta em porta e de loja em loja (coisa comum hoje em dia pra um monte de artistas).


Estes álbuns foram produzidos quando o músico esteve ligado à seita “universo em desencanto” (se é que podemos chamar de seita), que prega a idéia de que a origem da humanidade está nas estrelas, ou algo assim. Enfim, toda a temática do trabalho gira em torno desta crença e do livro, “leia o livro, read the book” é a frase mais presente nas músicas dos dois LPs. Mas o importante mesmo é a musicalidade, a mensagem fica em segundo plano.


Não demorou muito e Tim, literalmente, se “desencantou” com o universo em desencanto (desculpem o trocadilho infame) quando se sentiu enganado pela seita. Reza a lenda que o músico recolheu o maior número possível de discos e destruiu, tamanha foi a sua decepção com a história. Daí pra frente Tim voltou às suas composições habituais e nunca mais quis tocar no assunto.


Os discos viraram raridade, sendo cultuados tanto aqui quanto na Europa. Como Tim Maia, detentor dos direitos, nunca liberou um relançamento e após sua morte a coisa ficou com seus herdeiros, muita gente só ouvia falar do trabalho, sem jamais ter escutado de verdade uma única música destes álbuns que já eram verdadeiros mitos. No final dos anos 90 era possível ter cópias em CDR desde que você tivesse um amigo com boa vontade pra disponibilizar o material.


Para a maioria das pessoas o acesso à obra veio de forma indireta. Em 1997 Marcelo D2 lançou o primeiro cd solo e no trabalho trazia samplers da música “Rational Culture” além de mencionar os discos em “O império contra-ataca”.
“Que beleza” foi ouvida por muita gente na voz de Frejat, líder do Barão Vermelho, som que também foi interpretado por Marisa Monte. A romântica “Ela partiu” serviu de base para outro clássico, a música “O homem na estrada” do Racionais Mcs.


Foi só em 2006 que a Trama finalmente relançou o primeiro volume em CD, com chiado de vinil e tudo, além de um disco de remixes com participações especiais de Rappin Hood, Max de Castro, Bossa Cuca Nova e Parteum, entre outros. Em Belo Horizonte a coisa se massificou com os eventos do Tributo ao Tim Maia Racional, mas isso a gente conta como começou nos próximos bate-papos, por ora basta frizar o quanto a influência do síndico permanece presente em nossa música. You gotta be rational!


Roger Deff é jornalista, vocal do
Julgamento leitor assíduo de HQs e, claro, ouvinte compulsivo do Tim Maia!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Uhhh que belezaaa!

Mais uma vez, atendendo a convocação do brother e parceiro Yuga, cá estamos pra homenagear o eterno “soul man- síndico-brazuca” Sebastião Maia!

Pela sétima vez os Black Sonora’s realizarão o tributo à fase exotérica do saudoso Tim. Claro que estou falando do “Tributo ao Tim Maia Racional”, evento organizado pelos caras – de forma totalmente independente, o que é mais louvável ainda - e que sempre contou com as presenças bacanas dos mais diversos artistas da cidade (e de fora também). Só para citar alguns...Diamond Dog,
Marku e Júlia Ribas, B Negão, Sérgio Pererê, Matéria Prima, Dj Roger Dee, Tambor Mineiro, Raquel Coutinho e até eu dei minha “palinha” numa destas vezes.

Enfim, a iniciativa aglutinou gente de todas as vertentes musicais e culturais, do samba ao hip-hop, do soul ao rock 'n' roll...ou seja, pluralismo na essência!
Isso só foi (e ainda é) possível porque o Tim consegue ser essa coisa universal, que atinge mundos completamente distintos e muitas vezes distantes.

Durante o período em que o síndico esteve em pleno contato com o “universo em desencanto” produziu verdadeiras pérolas da “funk soul music” tupiniquim. Os dois volumes do Tim Maia Racional são considerados verdadeiras obras de arte para os aficcionados por música e durante muito tempo foi extremamente difícil por a mão neste material.
Claro que isso não é nenhuma novidade para os visitantes habituais deste blog, que já é considerado a mais completa fonte deste assunto na internet. Só por isso dá pra imaginar o tamanho da responsa em tomar conta do espaço.
É um prazer estar aqui e poder contribuir com este projeto, que já entrou para o calendário anual das noites belo horizontinas.
A obra do Tim permanece! “You gotta be rational!”

Roger Deff é jornalista, vocal do Julgamento leitor assíduo de HQs e, claro, ouvinte compulsivo do Tim Maia!

Vem aí 7 Edição do Tributo ao Racional TIM MAIA

Salve Povo do BEN!

Numa relax, numa tranquila, numa boa????

Já sabem... este ano tem Tributo ao Racional TIM MAIA, estamos fechando a programação, por isso fiquem ligado.



No mais... aquele abrAÇO e espalhe a palavra

Yuga